BIO-LEATHER Inovação Sustentável na Indústria do Couro

BIO-LEATHER Durli - Inovação na indústria do couro

BIO-LEATHER Inovação Sustentável na Indústria do Couro

Neste artigo você vai conhecer o BIO-LEATHER. A inovação sustentável na indústria do couro é o caminho mais eficaz para as empresas manterem sua competitividade em um mercado cada vez mais exigente em questões como a sustentabilidade e a conformidade socioambiental, tanto no cenário nacional quanto no internacional.

Para isso é fundamental investir maciçamente em pesquisa para o desenvolvimento de novos produtos, aperfeiçoamento dos processos de curtimento e aquisição de modernos equipamentos. Também é indispensável o investimento constante na capacitação das equipes operacionais.

Da mesma forma, as novas tecnologias de curtimento envolvem o reuso de água, a redução do consumo de água e de energia e o tratamento adequado de efluentes e resíduos.

A seguir, vamos demonstrar como o BIO-LEATHER, uma Inovação sustentável na indústria do couro já é realidade na Durli.

BIO-LEATHER Inovação sustentável na indústria do couro e as alternativas eco-friendly

Enquanto navegamos pelas complexidades da indústria do couro, o desafio está em equilibrar a rica herança do curtimento de couro com os imperativos contemporâneos da consciência ecológica”.

Tradicionalmente, a fabricação do couro já contém o aspecto da sustentabilidade, uma vez que é um subproduto da indústria de carne e laticínios.

No entanto, há uma demanda crescente de produção de couro chrome-free, isto é, sem uso de cromo no curtimento.

Do fim da década de 70 até 2021 foi possível produzir o Wet White, um couro no estágio do wet blue, porém curtido com químicos livres de cromo. O couro chrome free utiliza tanantes à base de aldeídos, fenólicos e naftalénicos ou de bases vegetais.

Desde 2021, apresentam-se no mercado demandas por artigos mais naturais e biodegradáveis. Assim, hoje busca-se substituir os aldeídos, fenólicos e naftalénicos para alcançar um couro mais natural, sustentável, biodegradável, eco-friendly. Essa é uma forte demanda das montadoras de automóveis alemãs e da indústria calçadista de calçados infantis em busca de um produto mais sustentável e considerando o seu descarte.

O objetivo é que os elementos de couro utilizados em carros e calçados, ao serem descartados, sejam absorvidos pelo meio ambiente de maneira mais rápida e menos nociva possível.

Desta forma, hoje é preciso ir além, e assim chegamos ao couro denominado bio-leather que é produzido em duas linhas na Durlicouros:

  • Couros curtidos com tanantes vegetais especiais à base de ácido gálico;
  • Couros curtidos com curtentes à base de sílica e alumínio, sem metais curtentes nocivos ao meio ambiente.

O BIO-LEATHER  como inovação sustentável na indústria do couro é o objetivo traçado pela Durli a fim de atender à demanda de produção de couro chrome-free, com o imperativo de considerar a sustentabilidade tanto da matéria-prima quanto dos processos de curtimento e de seu futuro descarte.

BIO-LEATHER Inovação sustentável na indústria do couro: esclarecimentos sobre a terminologia utilizada

A inovação na indústria do couro significa buscar processos alternativos para o curtimento, mas conservando suas qualidades intrínsecas.

O uso de tanantes vegetais especiais e curtentes à base de sílica e alumínio são duas dessas alternativas, que oferecem uma abordagem mais ecológica ao processo de curtimento. Com a implementação dessas práticas, é possível ajudar a reduzir o impacto ambiental da produção de couro e contribuir para um futuro mais sustentável.

Curtente: Curtentes são substâncias químicas usadas no processo de curtimento. Eles reagem com o colágeno da pele do animal, transformando-a em couro. Os curtentes podem ser de origem vegetal, mineral ou sintética. O mais utilizado em todo o mundo é o sal básico de cromo. E é justamente para esse produto que se buscam alternativas sustentáveis.

Tanante: Tanantes são um tipo de curtente. Eles podem ser minerais (como cromo e alumínio) ou vegetais (ricos em taninos).

Taninos: Taninos são compostos orgânicos encontrados em várias espécies de plantas. No processo de curtimento do couro, o tanino liga-se às proteínas da pele do animal, tornando-o menos solúvel em água e mais resistente à decomposição. Isso melhora a durabilidade do material e confere qualidades únicas ao couro, como maior flexibilidade e textura aprimorada.

A todo esse processo de tratamento químico dá-se o nome de curtimento, no qual peles brutas tornam-se efetivamente couro, um material resistente à decomposição, forte, flexível, durável e nobre.

A produção de couro só poderá ser considerada sustentável se houver conformidade ambiental dos produtos utilizados, associada aos sistemas de reutilização da água, redução de energia e tratamento adequado dos efluentes e resíduos.

De fato, toda a discussão sobre a sustentabilidade do curtimento repousa sobre essas condições.

Couros curtidos com tanantes vegetais especiais

Tanantes são componentes vegetais extraídos da casca e outras partes de algumas plantas. Os mais utilizados são: quebracho (Schinopsis lorentzii), mimosa (Acacia meamsii), castanheiro (Castanea sativa), mirabolano (Terminalia chebula), tara (Caesalpinia spinosa) e Galnut turco (Quercus infectoria).

Sem dúvida, o emprego de tanantes vegetais é a mais antiga forma de curtimento e eles se diferenciam dos tanantes à base de aldeídos, fenólicos e naftalénicos.

Desse modo, os couros curtidos com tanantes vegetais são indicados especialmente para estofamento moveleiro e automotivo, calçados, selas de cavalo, acessórios, bolsas e sapatos finos.

O tanante vegetal utilizado pela Durli para chegar ao BIO-LEATHER e à inovação sustentável na indústria do couro

BIO-LEATHER Durli - Inovação na indústria do couroPara a fabricação do Bio-Leather, a Durli utiliza o tanante vegetal à base de ácido gálico. Este é retirado da noz de um tipo de carvalho, o Galnut turco ou carvalho de Alepo (Quercus infectoria), uma árvore de Portugal e Espanha. Essa noz também recebe o nome de noz de galha ou noz de gálio.

É uma espécie conhecida por produzir galhas ricas em tanino, próprio para amaciar couro. Sua maior característica é ser o resultado de um tipo particular de interação planta/inseto herbívoro. Este modifica o tecido da planta hospedeira.

Entre as vantagens dos tanantes vegetais no curtimento do couro, temos:

  • Possuem moléculas mais leves e facilmente ligáveis ao couro;
  • O curtimento vegetal produz cores em tons ricos e quentes com aparência completamente natural;
  • Os produtos curtidos com base vegetal são biodegradáveis;
  • São únicos, versáteis e maleáveis;
  • São mais valiosos.

O grande desafio da indústria do couro, para se manter no mercado global, é continuar inovando, mas sem abandonar os métodos e a sabedoria de séculos nos processos de curtimento.

Couros curtidos à base de sílica e alumínio, sem metais curtentes nocivos ao meio ambiente

Esses curtentes são compostos por sais de alumínio que ajudam a estabilizar a estrutura das fibras de colágeno da pele dos animais.

Também são utilizados em combinação com outros produtos químicos, oferecendo um alto nível de uniformidade às peças.

Os curtentes à base de alumínio também se mostram mais eficientes em relação ao consumo de água durante o processo de curtimento.

Todavia, uma atenção especial deve ser dada ao tratamento adequado dos resíduos de alumínio para evitar impacto negativo ao meio ambiente.

Os curtentes à base de alumínio preparam os couros ideais para serem usados no setor automotivo, moveleiro, de calçados e acessórios.

BIO-LEATHER Inovação sustentável na indústria do couro: rápida biodegradabilidade

Reconhecidamente, os artigos de couro, ao final de sua vida útil, podem ser enviados para compostagem. Trata-se de um processo de decomposição de matéria orgânica que poderá ser reaproveitada como adubo.

Dessa forma, o couro é, em sua essência, sustentável e faz parte da economia circular.

Porém, há ainda um outro aspecto do couro que merece ser enfatizado, sobretudo no Bio-Leather – sua biodegradabilidade.

Um produto é biodegradável quando pode ser desintegrado pela ação de fungos, bactérias e outros micro-organismos, de forma natural, incorporando-se ao solo.

O fator determinante para esse processo é o tempo, que no caso do Bio-Leather é muito mais rápido, como podemos verificar nos seguintes dados:

  • Couro com curtimento à base de cromo: decompõe-se em média entre 10 e 15 anos nos aterros e de 25 a 45 anos no ambiente;
  • Chrome-free (Wet-White): decompõe-se entre 5 e 10 anos nos aterros e de 15 a 30 anos no ambiente;
  • Bio Leather Durli: decompõe-se entre 6 meses e 1 ano nos aterros e de 1 a 2 anos no meio ambiente.
 

O Teste LCA

BIO-LEATHER Durli certificado LCA

Para reforçar a importância da biodegradabilidade para a natureza, existe um teste internacional específico – Life Cycle Assessment – que avalia a performance ambiental de um produto através do seu ciclo de vida, como parte de um programa das Nações Unidas.

Trata-se de uma técnica de avaliação testada ao longo do tempo, cujo objetivo é avaliar o desempenho ambiental em todo o ciclo de vida de um produto ou da execução de um serviço, os quais são avaliados em todos os seus estágios.

Em seguida, sua contribuição potencial para as categorias de impacto ambiental é avaliada. Essas categorias incluem mudança climática, toxicidade humana e ecológica, radiação ionizante e deterioração da base de recursos (por exemplo, água, recursos de energia primária não renovável, terra etc.)

Os dados da Avaliação do Ciclo de Vida (LCA) permitem aos formuladores de políticas desenvolverem políticas sólidas de consumo e produção sustentáveis, podendo basear suas decisões de inovação e sustentabilidade estratégica em informações mais robustas.

O Bio-Leather Durli tem sua biodegradabilidade atestada nesse teste Internacional certificado: Life Cicle Acessment LCA.

A Durlicouros já atende a um mercado em desenvolvimento na Europa e na Ásia, com uma demanda crescente por amostras e testes do Bio-leather.

Entre em contato conosco e conheça tanto o bio leather quanto todas as soluções eco-friendly da Durli para a sua empresa.

Fontes e referências utilizadas:

1 – https://isitleather.com/blog/sustainability-leather-tanning-industry-progress-potential/

2 – https://durlicouros.com.br/wp-content/uploads/2024/04/Couro_bioleather-SENAI.pdf

3 – https://pegadaverde.pt/pt_pt/blog/post/compostavel-ou-biodegradavel

4 – https://www.lifecycleinitiative.org/starting-life-cycle-thinking/life-cycle-approaches/environmental-lca/

5 – https://durlicouros.com.br/o-couro-e-essencial-para-a-economia-circular/

6 – https://durlicouros.com.br/como-o-uso-de-couro-automotivo-beneficia-o-planeta/

7 – https://www.unep.org/es/node/20855

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