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Empresas Brasileiras Rastreiam Gado Da Amazônia Para Eliminar Origem De Áreas De Desmatamento

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Foi publicado no Reuters em 16 de novembro de 2023 matéria sobre a Rastreabilidade de Gado Livre de Desmatamento com reportagem de Ana Mano e edição de Jake Spring e Barbara Lewis . Veja abaixo o teor da reportagem ou a matéria na íntegra

Empresas Brasileiras Rastreiam Gado da Amazônia para Eliminar Origem de Áreas de Desmatamento

SÃO PAULO, 16 de novembro (Reuters) – Um grupo de empresas brasileiras anunciou na quinta-feira um esquema para certificar que o gado da região da Amazônia processado para carne e couro foi criado sem causar desmatamento.

O grupo ainda não incluiu os maiores frigoríficos e, até agora, a iniciativa cobre uma pequena fração do rebanho bovino do Brasil, que é de 234 milhões, mas é um passo em direção a permitir que os consumidores façam escolhas informadas ao comprar produtos.

A Iniciativa de Implementação de Certificação de Origem e Rastreabilidade (COTI) coloca dispositivos de rastreamento em cada animal. Até agora, mais de 113.000 animais foram rastreados desde o início do piloto no segundo semestre do ano, afirmaram as empresas em comunicado.

Elas esperam estar rastreando mais de 200.000 animais até meados de janeiro.

Uma das cinco empresas envolvidas na iniciativa, a fabricante de couro Durlicouros, disse que pode monitorar toda a sua cadeia de suprimentos.

“Em breve, nossos clientes europeus poderão inserir um código em uma plataforma e ter acesso a todas as informações sobre o animal que gerou este produto”, disse Ivens Domingos, gerente de sustentabilidade da Durlicouros.

Os governos europeus buscaram liderar nas questões climáticas e, embora considerações econômicas e políticas tenham retardado o progresso, a pressão é alta para a sustentabilidade após um ano de temperaturas recordes, secas, incêndios florestais e inundações.

Na Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, 9.001 quilômetros quadrados foram desmatados nos 12 meses até julho.

O comunicado de quinta-feira, citando dados governamentais, disse que cerca de 40% da produção de carne bovina brasileira provém de nove estados na região em torno da Amazônia.

A pastagem para o gado é o uso inicial mais comum para áreas desmatadas na Amazônia e no vizinho cerrado, uma prática que enfrenta limites legais rigorosos, mas continua ilegalmente.

A situação compromete os compromissos climáticos do Brasil de encerrar o desmatamento até 2030 e ameaça as exportações de commodities como carne bovina e couro para importadores conscientes do meio ambiente.

O Pará, estado brasileiro com os maiores níveis de desmatamento, é onde a iniciativa de rastreamento começou. De acordo com Roberto Paulinelli, diretor do Frigorífico Rio Maria, outra empresa do grupo, a iniciativa pode ser replicada em outros lugares.

A iniciativa também inclui as empresas de serviços ambientais Niceplanet Assessoria, SBCert e Green Level Environment Strategy.

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