A diversidade global dos couros Durli é fonte da excelente qualidade dos produtos fornecidos para as indústrias automotiva, moveleira, calçadista e de artefatos, nos mercados brasileiro, europeu, latino-americano, estadunidense e asiático.
Inegavelmente, o desenvolvimento da pesquisa tecnológica e científica tem contribuído para o aprimoramento das técnicas e melhoramento genético, manejo e nutrição dos rebanhos em todo o mundo.
Em consequência, além da indústria da carne, o setor de couro, seu subproduto, tem muito a ganhar com esses avanços.
Por outro lado, as preocupações com a proteção do meio ambiente também favorecem o surgimento de novos produtos e processos de pré-curtimento, curtimento, recurtimento, bem como de modernos sistemas de monitoramento da origem do gado e de seus fornecedores diretos e indiretos.
Esse é o cenário no qual se insere a diversidade global dos couros Durli, associando tradição e inovação em todas as etapas de sua produção.
Para isso, a Durlicouros utiliza couros originários dos seguintes países e regiões do mundo:
-
- Couro do Brasil;
- Couro dos Estados Unidos;
- Couro do México;
- Couro do Norte-europeu;
- Couro do Uruguai.
Diversidade global dos couros Durli: O Couro Brasileiro
O Brasil tem o maior rebanho comercial do mundo, exporta mais de 2 bilhões de dólares ao ano para 80 países e emprega mais de 30 mil pessoas. O couro brasileiro tem status qualitativo e também quantitativo, uma vez que o país é um dos maiores produtores do mundo, com forte inserção nos segmentos moveleiro, calçadista e automotivo.
Especificamente em relação ao setor de estofamentos automotivos, o couro brasileiro é mundialmente o mais vendido, seguido pelos couros norte-americanos.
A Durlicouros produz o couro com origem brasileira, o qual se caracteriza por resistência, durabilidade e sustentabilidade. O couro brasileiro possui área média de 5 m2 e seu preço é bastante competitivo. Cerca de 90% dos couros brasileiros são provenientes das raças Nelore e Brahman com cupim e 10% de raças europeias Angus e Hereford, que são criados na região de Bagé e Livramento-RS. Cerca de 20% dos couros são flor integral (full grain) e 80% flor lixada (correct grain).
Por todas essas razões, o couro brasileiro contribui de forma significativa para a diversidade global dos couros Durli.
Diversidade global dos couros Durli: O Couro dos Estados Unidos
A Durlicouros produz couros de origem norte-americana. Sem dúvida, provêm dos Estados Unidos os couros com melhor classificação de qualidade. O país oferece a maior quantidade de couro anualmente, proveniente das raças Angus e Hereford. A área média do couro norte-americano é de 4,6 m2, e o couro se apresenta na forma de couro integral (full grain).
Seguramente, os couros norte-americanos fazem parte da diversidade global dos couros Durli.
Os couros norte-americanos são multiúso, tanto para os mercados automotivo, moveleiro, quanto para calçados e artefatos.
Diversidade global dos couros Durli: O Couro do Norte Europeu
Hoje, parte da produção da Durli provém de couros do Norte da Europa.
O couro europeu, em especial o couro do norte da Europa, é o melhor e mais nobre couro do mundo, oriundo das raças Simental, Charolês e Limousine. Tem o maior tamanho em área média, mundialmente reconhecida, com 5,8 m2 de área mínima. São couros de flor integral (full grain).
O Couro do México: O emergente mercado de couro mexicano também compõe a diversidade global dos couros Durli
A produção de couro no México remonta às antigas civilizações asteca e maia.
Posteriormente, no século 16, os colonizadores europeus introduziram novas técnicas e novos materiais.
Durante séculos os produtos de couro permaneceram como artigos altamente luxuosos. Os comerciantes e artesãos mexicanos desenvolveram técnicas especializadas para trabalhar as peles e seus produtos foram apreciados durante muito tempo, tanto no México quanto no exterior.
No entanto, na década de 1970, por pressão de certos setores da sociedade, a indústria de couro natural sofreu uma queda considerável.
Atualmente, a indústria do couro no México se reergue. Os designers e artesãos buscam novas formas de trabalhar com materiais sustentáveis e de forma ética.
Além disso, o couro do México tem excelente custo-benefício, com uma amplitude de classes e usos – automotivo, moveleiro, calçados e artefatos – sendo as raças Nelore e Brahman as mais presentes, com e sem cupim.
Em geral, os couros mexicanos são de flor integral (full grain) e flor lixada (correct grain) e possuem área média de 4,2 m2.
Diversidade global dos couros Durli: O Couro do Uruguai
A Durlicouros também produz couros de origem uruguaia. O couro uruguaio provém de gados da raças europeias Angus e Hereford, com aprimoramento genético desenvolvido no país há mais de 30 anos. Os couros dessas raças não têm cupim. Sua área média é de 4.2 m2. Em torno de 50% da produção é destinada para flor integral e 50% para estucado-lixado (correct grain).
O poro das peles uruguaias é mais fino, o que proporciona uma flor ideal para couros de acabamento mais natural. São especialmente desejados pela indústria de calçado e de bolsas de luxo.
Diversidade global dos couros Durli: O Couro do Paraguai
A unidade do Paraguai da Durlicouros, além do couro uruguaio, também produz couro local. O couro do Paraguai provém majoritariamente de raças zebuínas ou de cruzamentos com raças Angus e Braford, sendo cerca de 40% livre de cupim, com textura e densidade específicas. Este couro é conhecido por ser mais leve, com uma área média de 4,8 m², tornando-o ideal para aplicações como couro estucado e lixado, com flor corrigida. Além disso, o couro paraguaio se destaca pela qualidade do acabamento e pela resistência, beneficiando-se do manejo adequado do gado e das práticas de produção sustentáveis adotadas no país. Também é uma opção econômica, com uma boa relação custo-benefício, oferecendo qualidade a um preço competitivo no mercado internacional, o que o torna uma escolha atraente para diversos setores da indústria do couro, como estofados, calçados e artefatos.
A diversidade global dos couros de acordo com seus países de origem e tipo de gado
A organização internacionalmente reconhecida Leather Naturally, publicou um material exaustivo intitulado Fabricação Moderna de Couro Vacum, ou seja, couro de origem bovina. Nele encontramos o seguinte gráfico:
Couro Brasileiro
Nelore
Textura e Grão:
-
- Grão: O couro Nelore tende a ter um grão grosso, devido à resistência da pele desses animais adaptados ao clima tropical.
- Textura: A textura é menos uniforme, com uma superfície mais rugosa.
Espessura:
-
- Espessura média a grossa, conferindo alta durabilidade.
Flexibilidade:
-
- Menos flexível que couros de raças europeias, mas ainda adequado para uma variedade de aplicações.
Cor e Acabamento:
-
- Naturalmente de cor clara a média.
- Pode ser tingido, mas frequentemente mantém uma aparência natural e rústica.
Estados Unidos e Brasil
Angus
Textura e Grão:
-
- Grão: Couro de grão fino, com textura suave e uniforme.
- Textura: Muito valorizado pela sua maciez e qualidade estética.
Espessura:
-
- Espessura média, oferecendo durabilidade sem comprometer a flexibilidade.
Flexibilidade:
-
- Alta flexibilidade, ideal para roupas, acessórios de moda e produtos de alta qualidade.
Cor e Acabamento:
-
- Cor: Naturalmente de cor clara a média.
- Acabamento: Acabamento pode ser muito refinado, com um toque suave e aparência luxuosa.
Estado Unidos, México e Brasil
Hereford
Textura e Grão:
-
- Grão: Couro de grão médio a fino, com textura geralmente suave.
- Textura: Conhecido por sua resistência e qualidade uniforme.
Espessura:
-
- Espessura média, oferecendo um bom equilíbrio entre durabilidade e flexibilidade.
Flexibilidade:
-
- Moderadamente flexível, adequado para uma variedade de produtos de couro, incluindo móveis e acessórios.
Cor e Acabamento:
-
- Cor: Naturalmente de cor clara, facilmente tingido.
- Acabamento: Pode ser suave ou texturizado, dependendo do processo de curtimento.
Norte Europeu
Simental
Textura e Grão:
-
- Grão: O couro Simental, proveniente da Suiça, tende a ter um grão médio a grosso, dependendo da idade e do manejo do animal.
- Textura: É conhecido por sua textura uniforme e durabilidade.
Espessura:
-
- Geralmente, o couro é mais espesso e resistente, o que o torna adequado para produtos que requerem alta durabilidade, como estofados e artigos de couro pesado.
Flexibilidade:
-
- Moderadamente flexível, não tão macio quanto couros de raças leiteiras, mas ainda útil para uma variedade de aplicações.
Cor e Acabamento:
-
- Cor: Naturalmente de cor clara, podendo ser facilmente tingido em uma variedade de cores.
- Acabamento: Pode apresentar um acabamento suave ou texturizado, dependendo do processamento.
Charolês
Textura e Grão:
-
- Grão: O couro Charolês, originário da França, possui um grão fino a médio, com uma textura suave e uniforme.
- Textura: É valorizado pela sua aparência estética e toque suave.
Espessura:
-
- Tendem a ser menos espesso que o couro Simental, proporcionando uma boa combinação de durabilidade e flexibilidade.
Flexibilidade:
-
- Mais flexível do que o couro Simental, ideal para roupas, acessórios e itens que requerem um couro mais macio.
Cor e Acabamento:
-
- Cor: Naturalmente claro, permitindo uma fácil coloração.
- Acabamento: O acabamento pode variar, mas frequentemente é suave e luxuoso.
Limousine
Textura e Grão:
-
- Grão: O couro Limousine, também originário da França, tem um grão médio, com uma textura que pode variar de suave a levemente texturizada.
- Acabamento: É conhecido pela sua qualidade superior e consistência.
Espessura:
-
- Semelhante ao Charolês, mas pode variar dependendo da idade e do manejo dos animais.
Flexibilidade:
-
- Moderadamente flexível, adequado para uma ampla gama de produtos de couro, incluindo vestuário e acessórios de moda.
Cor e Acabamento:
-
- Cor: Também de cor clara, o que facilita o tingimento.
- Acabamento: O acabamento é frequentemente de alta qualidade, com um toque suave e aparência estética refinada.
Durabilidade: Todas essas raças produzem couro durável, mas o Simental é geralmente o mais resistente devido à sua espessura.
Processamento:A qualidade do couro pode ser significativamente influenciada pelo processamento pós-abate, incluindo métodos de curtimento e acabamento.
Uso: Dependendo da flexibilidade e acabamento, esses couros podem ser usados em uma variedade de produtos, desde móveis e estofados (Simental) até roupas e acessórios de moda (Charolês e Limousine).
Uruguai
Angus
Textura e Grão:
-
- Grão: Fino a médio.
- Textura: Suave e uniforme, similar ao Angus dos Estados Unidos e Brasil.
- Qualidade estética: Muito valorizado por sua maciez e consistência.
Espessura:
-
- Média: Oferece uma boa combinação de durabilidade e flexibilidade.
Flexibilidade:
-
- Alta flexibilidade: Ideal para roupas, acessórios de moda e produtos de alta qualidade.
- Uso: Bastante utilizado em artigos que exigem um couro macio e flexível.
Cor e Acabamento:
-
- Cor: Clara a média, permitindo fácil coloração.
- Acabamento: Refinado, com um toque suave e aparência luxuosa, podendo variar conforme o método de curtimento.
Hereford
Textura e Grão:
-
- Grão: Médio a fino.
- Textura: Geralmente suave e uniforme, com resistência notável.
- Qualidade estética: Conhecido por sua qualidade uniforme e resistência.
Espessura:
-
- Média: Oferece durabilidade sem sacrificar flexibilidade.
Flexibilidade:
-
- Moderadamente flexível: Adequado para uma ampla gama de produtos de couro, incluindo móveis e acessórios.
- Uso: Versátil, utilizado tanto para vestuário quanto para itens de maior durabilidade.
Cor e Acabamento:
- Cor: Clara, facilmente tingida.
- Acabamento: Pode variar de suave a texturizado, dependendo do processamento.
Considerações Regionais
Clima: O clima temperado e as pastagens naturais do Uruguai contribuem para a qualidade do couro, proporcionando condições ideais para o crescimento saudável do gado.
Manejo: O gado no Uruguai é frequentemente criado em sistemas de pastagem extensiva, o que pode influenciar a qualidade da pele.
Essas características tornam o couro das raças Angus e Hereford no Uruguai altamente valorizado no mercado, sendo ideal para uma ampla gama de produtos que exigem tanto estética quanto durabilidade.
Paraguai
Zebu
Textura e Grão:
- Grão: Mais grosso em comparação com outras raças, com uma textura mais pronunciada.
- Textura: Durável e robusta, frequentemente utilizada em produtos que exigem força e resiliência.
- Qualidade Estética: Reconhecido por sua robustez, embora possa ter uma aparência menos uniforme.
Espessura:
- Média a Espessa: Proporciona excelente durabilidade, ideal para aplicações que requerem resistência.
Flexibilidade:
- Flexibilidade Moderada: Adequado para itens que demandam robustez, como cintos, selaria e outros artigos de couro para uso pesado.
- Uso: Comumente utilizado em produtos onde a resistência e durabilidade são mais importantes do que a suavidade.
Cor e Acabamento:
- Cor Natural: Geralmente mais escura, o que pode influenciar a tonalidade final após o tingimento.
- Acabamento: Pode variar, mas geralmente é finalizado para melhorar a durabilidade, com uma aparência menos polida em comparação com grãos mais finos.
Cruzamento Zebu x Angus
Textura e Grão:
- Grão: Fino a médio, com uma textura ligeiramente mais pronunciada em comparação ao Angus puro.
- Textura: Superfície lisa e uniforme, mas com uma resistência adicional derivada da influência do Zebu.
- Qualidade Estética: Oferece um equilíbrio entre maciez e durabilidade, tornando-o adequado para uma ampla gama de aplicações.
Espessura:
- Média: Proporciona uma boa combinação de durabilidade e flexibilidade, adequada para diversos usos.
Flexibilidade:
- Flexibilidade Moderada a Alta: Mantém a suavidade e a maleabilidade do couro Angus, mas com uma maior resistência, ideal tanto para artigos de moda quanto para produtos mais duráveis.
- Uso: Bem adaptado para itens que exigem um equilíbrio entre flexibilidade e resistência, como acessórios de luxo, bolsas e calçados leves.
Cor e Acabamento:
- Cor: Geralmente clara a média, permitindo opções versáteis de tingimento.
- Acabamento: Pode ser polido ou deixado com um acabamento mais natural, dependendo do produto final desejado.
Cruzamento Zebu x Braford
Textura e Grão:
- Grão: Médio, com uma leve aspereza que reflete a robustez da influência do Zebu.
- Textura: Relativamente lisa, mas com um caráter distinto herdado do Braford, oferecendo uma combinação única de suavidade e resistência.
- Qualidade Estética: Conhecido por sua durabilidade e aparência equilibrada, adequado tanto para aplicações rústicas quanto refinadas.
Espessura:
- Média a Espessa: Oferece durabilidade aumentada, mantendo certa flexibilidade, tornando-o versátil para diversos usos.
Flexibilidade:
- Flexibilidade Moderada: Combina a força do Zebu com a flexibilidade mais refinada do Braford, sendo ideal para produtos que exigem durabilidade e uma certa maleabilidade.
- Uso: Comumente utilizado em aplicações mais exigentes, como calçados robustos, móveis e acessórios mais pesados.
Cor e Acabamento:
- Cor: Tende a ser clara a média, com boas propriedades de tingimento.
- Acabamento: Pode variar de liso a ligeiramente texturizado, dependendo do método de processamento, frequentemente destacando o grão natural com um aspecto semi-polido.
Durlicouros: Qualidade sem Fronteiras
Em suma, a ampla gama de tipos de gado, suas utilizações e seus países de origem colocam a Durli na vanguarda da produção de couro não apenas no Brasil.
Sua qualidade sem fronteiras de couros produzidos em oito plantas no Brasil, uma no Paraguai e uma no México, reconhecida por certificações como a LWG e ISO 9001, abastece com segurança e excelência os setores moveleiro, automotivo, calçadista e de artefatos em todo o mundo.
Entre em contato conosco e leve toda a diversidade global dos couros Durli para a sua empresa!
Fontes e referências utilizadas:
1 – https://blog.agromove.com.br/gado-de-corte/
2 – http://www.euroleather.com/socialreporting/ESERFrench.pdf