O couro brasileiro conquistou relevância global por sua qualidade, consistência e compromisso com práticas produtivas responsáveis. A força do setor reflete um ecossistema industrial que une abundância de matéria-prima, tradição em curtimento e inovação tecnológica contínua.
De acordo com o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), o país exporta couro para mais de 80 destinos, movimentando US$ 1,26 bilhão em 2024. Esse desempenho mantém o Brasil entre os cinco maiores exportadores mundiais, ao lado de potências tradicionais como Itália e Estados Unidos.
O sucesso do fornecedor de couro brasileiro está diretamente ligado à escala da pecuária nacional, à estrutura logística e à qualificação técnica das indústrias. Além disso, as exigências ambientais internacionais impulsionaram o avanço de práticas sustentáveis e certificações reconhecidas, como o Leather Working Group (LWG), que confere credibilidade e competitividade à produção brasileira.
A seguir, veja como o país se consolidou como referência global e por que empresas como a Durli Leathers traduzem a excelência nacional em fornecimento premium, rastreável e sustentável.
Uma base produtiva que sustenta a liderança mundial
A cadeia do couro começa no campo, e poucos países possuem uma base pecuária tão ampla quanto a brasileira. Segundo a ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), o Brasil abriga aproximadamente 230 milhões de bovinos, o segundo maior rebanho do planeta, atrás somente da Índia.
Essa disponibilidade assegura matéria-prima contínua e diversificada. As raças Nelore, Angus, Guzerá e Girolando, entre outras, oferecem peles com características distintas. O Nelore, predominante no Centro-Oeste e Sudeste, garante resistência e fibras firmes; já o Angus, comum no Sul, apresenta textura fina e toque macio, valorizado por indústrias automotivas e de mobiliário.
Estudos da Embrapa Gado de Corte apontam que o manejo adequado e o controle de parasitas reduzem em até 20% as perdas na qualidade do couro cru. Além disso, políticas de bem-estar animal e rastreabilidade desde a fazenda garantem origem ética e controlada — exigência crescente de grandes compradores internacionais.
A forte integração entre campo, frigoríficos e curtumes forma uma cadeia consolidada, capaz de atender a padrões técnicos e sanitários globais, elemento essencial para a competitividade do couro brasileiro.
Exportações em números: a força global do couro brasileiro
O desempenho das exportações confirma a relevância do setor. Em 2024, conforme relatório do CICB, o Brasil exportou 173 milhões de m² de couro, gerando US$ 1,26 bilhão em receita — um aumento de 12,5% em relação a 2023.
Os principais destinos foram China (34%), Itália (14%), Estados Unidos (10%), Vietnã (8%) e México (5%). Essa distribuição revela a importância do país tanto para o abastecimento industrial asiático quanto para o mercado de artigos premium europeu.
A cadeia nacional exporta diferentes estágios de couro:
- Wet Blue – material base, amplamente usado na Europa e Ásia para acabamento posterior;
- Couro Semiacabado (Crust) – etapa intermediária, valorizada por fabricantes automotivos e moveleiros;
- Couro Acabado – produto final com cor, toque e resistência prontos para aplicação em calçados, automóveis e móveis.
A diversidade de produtos e a consistência na entrega reforçam a confiança global no fornecedor brasileiro, capaz de atender especificações técnicas e regulatórias complexas.

Diferenciais competitivos do couro brasileiro
A competitividade brasileira resulta da combinação entre escala, qualidade e responsabilidade socioambiental.
1. Disponibilidade e logística integrada
A ampla rede de frigoríficos e curtumes garante fornecimento constante e custos logísticos competitivos. As principais regiões produtoras, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Bahia, concentram infraestrutura de abate, curtimento e transporte eficiente até portos como Santos e Rio Grande.
2. Qualidade reconhecida internacionalmente
O couro brasileiro é valorizado pela uniformidade, resistência mecânica e excelente acabamento.
Segundo a International Leather Maker (ILM), o país figura entre os maiores exportadores de couro para o setor automotivo, com alta taxa de aprovação em auditorias de performance e segurança.
3. Sustentabilidade e certificações
O Leather Working Group (LWG) certifica curtumes que reduzem o consumo de água, energia e produtos químicos. Em 2025, o Brasil superou a marca de 50 curtumes certificados, incluindo unidades com nível Gold, o mais elevado.
Além disso, normas como ISO 9001 e IATF 16949 asseguram qualidade de gestão e padronização exigida por montadoras e marcas de luxo.
4. Inovação tecnológica
Nos últimos anos, os curtumes brasileiros investiram em biotecnologia, curtimento veg-tan e uso de zeólitas bio-based, alternativas livres de metais e bisfenóis, alinhadas às regulamentações europeias (REACH e CEN/TC 411). Essa modernização reforça o compromisso do país com a produção limpa e rastreável.
Couro brasileiro: versatilidade e aplicação nos principais setores
O couro do Brasil abastece segmentos industriais que exigem alto padrão técnico.
Setor moveleiro
Reconhecido pela estética e durabilidade, o couro brasileiro é amplamente utilizado em sofás, poltronas e mobiliário premium. Segundo a Abimóvel, cerca de 40% dos móveis estofados exportados pelo Brasil utilizam couro nacional. O material agrega conforto térmico, longevidade e acabamento sofisticado.
Setor automotivo
Montadoras globais escolhem o couro brasileiro por sua resistência, flexibilidade e estabilidade dimensional. A conformidade com normas internacionais e certificações como a IATF 16949 garantem segurança e performance para bancos e interiores de veículos.
Setor calçadista
Tradicional consumidor do couro nacional, o setor calçadista responde por parte da demanda interna e das exportações. A textura, elasticidade e resistência do material brasileiro são diferenciais em linhas de calçados.

Durli Leathers: excelência brasileira reconhecida no mundo
Entre os líderes do setor, a Durli representa um exemplo de competitividade e inovação da indústria nacional. Fundada em 1960, a empresa é hoje o segundo maior exportador de couro da América Latina, com fornecimento consolidado na Europa, Ásia e Estados Unidos.
Além disso, mantém capacidade produtiva superior a 8 milhões de peles por ano e uma rede de dez unidades industriais no Brasil, Paraguai e México. Essa estrutura garante flexibilidade e atendimento a clientes em larga escala.
Todas as plantas possuem certificação LWG Gold, além de ISO 9001 e IATF 16949 em plantas chave, confirmando padrões de qualidade, rastreabilidade e controle ambiental. O sistema próprio de código individual permite rastrear cada pele desde a fazenda até o cliente final, reforçando a transparência da cadeia.
A empresa atua em três linhas principais, wet blue, semiacabado e couro acabado, atendendo diferentes segmentos com customização de cor, toque e desempenho. O compromisso da Durli com práticas ESG e inovação tecnológica reforça a imagem do couro brasileiro como referência global em responsabilidade e excelência industrial.
Considerações finais sobre um legado que combina tradição e inovação
A história do couro brasileiro é também a história de adaptação e progresso industrial. Da tradição artesanal às modernas plantas automatizadas, o país transformou um resultado indireto da pecuária em um material de alto valor agregado e de importância econômica global.
Com sua estrutura sólida e compromisso contínuo com inovação, o fornecedor de couro brasileiro continuará sendo protagonista nas soluções sustentáveis e de alto desempenho.
A Durli Leathers personifica esse legado, um equilíbrio entre tradição, inovação e responsabilidade, que mantém o Brasil entre os principais nomes do setor.
Entre em contato e saiba como nosso couro pode atender às suas necessidades de fornecimento em escala global.
Referências e fontes:
- CICB – Exportações 2024/2025: relatórios e dashboards com destinos, valores e mix de produtos. (CICB)
- ApexBrasil / Brazilian Leather: balanço 2024 e análise de crescimento em valor, área e peso. (ApexBrasil)
- Embrapa e literatura técnica: rebanho, manejo e qualidade de peles; impactos no wet blue. (Infoteca Embrapa)
- Leather Working Group: escopo e critérios de auditoria ambiental para curtumes. (Grupo de Trabalho do Couro)
- Durli Leathers: capacidade, certificações e rastreabilidade com QR code; cases internacionais. (Durlicouros)