A economia circular representa um dos pilares da transformação industrial contemporânea. Diferente da economia linear, baseada em extração, produção, consumo e descarte, esse modelo propõe manter produtos, materiais e recursos em uso pelo maior tempo possível.
O objetivo é claro: reduzir resíduos, regenerar sistemas naturais e otimizar o uso de matérias-primas, rompendo com o ciclo do desperdício que marcou o século XX.
Segundo a Ellen MacArthur Foundation, pioneira no conceito, a circularidade não se limita à reciclagem. Ela implica redesenhar processos, produtos e modelos de negócio, criando valor econômico e ambiental simultaneamente.
Na indústria do couro, esse princípio encontra um terreno fértil e histórico. Desde sua origem, o couro nasce como uma forma natural de reaproveitamento.
O couro como exemplo prático de circularidade
O couro é um subproduto direto da indústria da carne. Sem o processamento dos curtumes, as peles descartadas se tornariam resíduos de alto impacto ambiental.
De acordo com o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), mais de 40 milhões de peles bovinas são geradas anualmente no país. Destas, cerca de 80% são transformadas em couro, evitando emissões de metano e sobrecarga em aterros sanitários.
Essa característica coloca o couro em posição única na economia circular: transforma um resíduo inevitável em matéria-prima de alto valor agregado, com durabilidade superior a qualquer material sintético.

Enquanto tecidos artificiais se desgastam rapidamente, o couro pode atravessar décadas, sendo restaurado, reaproveitado e até reciclado em novas aplicações industriais.
O processo de curtimento evoluiu para incorporar tecnologias mais limpas, permitindo maior reaproveitamento de água, controle químico e eficiência energética.
Hoje, o couro representa tanto uma herança cultural, quanto um símbolo de aproveitamento inteligente e responsabilidade ambiental.
Eficiência ambiental: o novo padrão dos curtumes modernos
A modernização da indústria do couro reflete uma mudança profunda nos processos produtivos. O foco deixou de ser apenas produtividade. A prioridade passou a ser sustentabilidade mensurável.
Empresas líderes, como a Durli Leathers, implementaram sistemas de tratamento e reuso de água, otimização energética, tratamento total de efluentes e resíduos e controle de emissões atmosféricas.

Essas medidas reduzem drasticamente o impacto ambiental, ao passo que asseguram qualidade e conformidade com as normas internacionais.
Além da eficiência operacional, há um movimento técnico relevante: o abandono gradual de sais metálicos tradicionais, como o cromo trivalente, e a adoção de processos chrome free e metal free. Essas tecnologias além de atenderem às exigências da União Europeia (EUDR) e das normas químicas REACH, ainda eliminam riscos e ampliam a segurança ao consumidor.
No curtimento vegetal, baseado em taninos extraídos de fontes renováveis, e no uso de insumos bio-based, o setor encontra alternativas que unem desempenho técnico e baixo impacto ambiental, consolidando uma nova era de couro premium e sustentável.

Durli Leathers: liderança em sustentabilidade
Com 65 anos de atuação, a Durli construiu um legado que alia tradição, inovação e compromisso ambiental. Reconhecida internacionalmente, a empresa figura entre os maiores exportadores brasileiros, fornecendo wet blue, semiacabado e couro acabado para os setores automotivo, moveleiro e calçadista.
Todas as unidades produtivas da Durli são certificadas com o selo LWG Gold, o mais alto nível do Leather Working Group (LWG) que avalia rigorosamente critérios de gestão ambiental, rastreabilidade e desempenho químico.
A empresa também possui as certificações ISO 9001 e IATF 16949, reforçando padrões de qualidade, consistência e conformidade com o exigente mercado automotivo global.
A Durli Leathers adota sistemas integrados de rastreabilidade individual em expansão, que permitem identificar a origem de cada pele desde a fazenda indireta até o produto final. Essa transparência é essencial para atender às exigências de mercados como União Europeia e Estados Unidos, que demandam cadeias livres de desmatamento e com plena comprovação de origem.
Além das práticas industriais, investe continuamente em projetos sociais e ambientais. A Durli destaca ações de capacitação de colaboradores, inovação tecnológica, energia fotovoltaica e reaproveitamento integral de resíduos sólidos, reafirmando a liderança da empresa em um setor em constante evolução.
O papel da inovação na construção de valor sustentável
Empresas que adotam modelos circulares reduzem custos, fortalecem reputação e atendem consumidores cada vez mais atentos à origem dos produtos.
No couro, essa transformação passa por tecnologias de rastreabilidade digital, eficiência energética automatizada e uso de bioinsumos substitutos de compostos químicos tradicionais.
Tais soluções ampliam o valor do produto final, posicionando o couro natural como um material de alto desempenho, estética refinada e impacto controlado.
Estudos da Ellen MacArthur Foundation indicam que a transição para modelos circulares pode gerar economias globais superiores a US$ 4,5 trilhões até 2030.
Nesse cenário, empresas como a Durli Leathers se destacam por antecipar demandas regulatórias e transformar sustentabilidade em vantagem competitiva real.
Mercados internacionais e as novas exigências ambientais
A EUDR (European Deforestation Regulation) e outras legislações internacionais impõem critérios inéditos para exportações de matérias-primas.
A partir de 2025, fabricantes precisarão comprovar origem livre de desmatamento e práticas rastreáveis em toda a cadeia de fornecimento.
Para a indústria do couro, isso significa alinhar cada etapa da produção, desde a compra da matéria-prima até o tratamento de efluentes, a protocolos globais de transparência e conformidade ambiental.
Empresas que não se adaptam perdem espaço em mercados estratégicos, enquanto líderes como a Durli consolidam sua presença com credibilidade técnica e ambiental comprovada.
A circularidade, portanto, não é uma opção: tornou-se requisito fundamental de permanência no mercado internacional.
Esse novo paradigma redefine o que significa ser competitivo e coloca a sustentabilidade no centro da estratégia corporativa.
Couro e circularidade: o futuro de uma indústria regenerativa
O avanço da economia circular na indústria do couro mostra que é possível combinar tradição e inovação em um modelo de crescimento sustentável.
Cada avanço tecnológico, cada certificação e cada política de reaproveitamento representam um passo concreto em direção a uma economia regenerativa, onde o valor não se perde, mas se transforma.
A Durli personifica essa transição. Sua atuação global comprova que sustentabilidade, qualidade e inovação podem coexistir em equilíbrio. Com responsabilidade e visão de futuro, a empresa reafirma o papel do couro natural como um material nobre, durável e essencial para um futuro mais sustentável.
Saiba mais sobre a Sustentabilidade e práticas ESG da Durli e descubra como a empresa está construindo uma cadeia do couro cada vez mais responsável.
Fontes e Referências
Ellen MacArthur Foundation – Circular Economy
Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB)